No início do século 20 o Brasil passou por mudanças na sua organização econômica. O processo de industrialização se configurou de forma mais orgânica, a urbanização se acelerou em algumas regiões do país, o comércio, atividade já consolidada, se expandiu. Novas classes sociais se organizam, caso da burguesia industrial e dos trabalhadores das fábricas.
Nesse contexto propostas de formação profissional via educação escolar foram apontadas como necessárias na qualificação da mão de obra e principalmente a partir da década de 1930, a educação profissional foi projeto da classe empresarial. Em 1931 foi criado o Instituto de Organização Racional do Trabalho – IDORT, patrocinado por empresários
Mas já em 1905 o governo central regulamentou cursos comerciais existentes de iniciativa privada e estabeleceu critérios para os que fossem criados. (1)
Em 1926 criou mecanismos de fiscalização, como também currículo e regime escolar mínimo e equipamentos necessários a essas escolas entre outras resoluções. (2)
A reforma educacional "Francisco Campos" de 1931 reorganizou o ensino comercial e as Leis Orgânicas do Ensino da Reforma Capanema (1942) estruturou o ensino profissional, reformulou o ensino comercial e criou o SENAI.
O ACERVO HISTÓRICO DO LIVRO ESCOLAR – AHLE mantém uma centena de títulos de ensino profissional desde a década de 1940. Formas de organização das relações de trabalho, a especialização de funções, as novas e múltiplas ocupações e os testes vocacionais são alguns dos temas identificados em livros como “Vocação e Orientação” de 1943, “A opção profissional” de 1970 ou a série “Educação para o Trabalho” (orientação para a escolha profissional), da editora Atlas de 1979. (3)
O ensino comercial e industrial a partir da década de 1960 e a proliferação das escolas técnicas, com as mudanças educacionais do período da ditadura militar, definidas pelo acordo MEC-USAID, de assegurar a formação profissional em nível médio, também estão representados no Acervo.
Notas
1. PERES, Fernando Antonio. “Alguns apontamentos sobre o ensino comercial no Brasil”. www.histedbr.fae.unicamp.br
2. Idem
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