Em 2013 organizei a reedição de um livro já
comentado aqui, “Histórias Maravilhosas”[i]
de Osório Duque Estrada (1870-1927), publicado
originalmente na década de 1920. Um livro que segundo palavras do autor,
continha “novos e velhos contos da
Carochinha, colecionados, redigidos, adaptados e postos em linguagem acessível
às inteligências infantis.”
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Bem, a leitura de Histórias Maravilhosas mostrou que nem tudo envelhece,
principalmente livros e histórias infantis. Quem não se lembra ou já não ouviu
falar de antigas histórias contadas ao pé da cama ou em roda de crianças? Ou ainda,
dos contos nos livros de leitura usados na escola?
Além do mais as novas gerações têm outros meios de assimilar certos conteúdos inspiradores e quase consagrados
da literatura infantil. Mas, sobretudo o valor histórico de uma obra como esta
sem dúvida já justifica a sua publicação.
Duque Estrada adaptou e/ou resumiu certas histórias
populares, tais como contos do folclore brasileiro, alguns tirados de Silvio
Romero[ii]
e outros recolhidos por Couto Magalhães[iii];
contos do Livro das 1001 Noites;
lendas africanas; lendas indígenas, além de contos estrangeiros.
Essa publicação preencheu, então, um espaço pouco
explorado da literatura infantil na época, em que a maioria das
edições era de traduções ou adaptações de obras, principalmente europeias e
geralmente com linguagem inadequada às crianças.
Para esta reedição foram excluídos vários contos do
“Livro das 1001 Noites”, que na sua origem não foi escrito para as crianças e
continham exemplos modelares de conduta envolvidos pelo mundo adulto. Escolhemos
dentre esses contos os reconhecidos como infantis: “Ali Baba” e “Aladino”, entre
outros que permaneceram.
O ACERVO
HISTÓRICO DO LIVRO ESCOLAR – AHLE
mantém inúmeros livros de contos,
poesias e histórias infantis de várias épocas e usados
na escola com objetivo didático e também de formação moral. Eram comuns séries
de livros denominados Leitura Recreativa
Escolar ou coleções de livros de leitura organizados por educadores e,
ainda, professores escreverem livros de leitura para as crianças.
Um material de pesquisa que recupera várias facetas
da educação e da cultura do país.
Notas:
Fiquei com vontade de ver as duas edições.
ResponderExcluirAcho que vou dar uma passadinha aí para compará-las.
Agende e venha nos visitar.
ResponderExcluirAzilde