Quais
são os caminhos que permeiam um tema de pesquisa? Para Eric Hobsbawm[1],
historiador inglês, são as indagações do pesquisador o que transforma um
material em fonte de pesquisa. Assim a princípio
o pesquisador já construiu algumas questões, fruto das suas incertezas e
vontade de investigar. Para tanto
conhecimentos anteriores, necessidades acadêmicas e profissionais, sem
esquecermos uma pitada de curiosidade, formam o arcabouço que irá direcionar o
pesquisador. Direção essa sempre em mudança. Afinal o conhecimento é um processo em
construção.
O
que vamos tratar aqui é de questões postas que não são
encontradas, mesmo que a priori o pesquisador já tenha pistas do que não vai achar. Nesse
sentido o meu contato com estudantes que buscam nos livros escolares do Acervo Histórico do Livro Escolar temas para seus trabalhos e não acham, resultou nessas considerações sobre as
lacunas que os livros escolares apresentam.
Alguns
exemplos: informações sobre métodos contraceptivos nos livros de biologia dos
anos de 1960 e 1970; reprodução e hormônios nesses mesmos livros; o
protagonismo dos afros descendentes no processo de libertação dos escravos; o
anarquismo nos livros de história; a figura da criança negra nas capas dos
livros; a história da África e por aí vai.
Nesses
tempos de controvérsias sobre as mudanças do currículo dos livros de história e
de outras matérias de ensino, é bom retomarmos essas questões como forma de
trazermos a tona as mudanças e permanências de um tema que não é novo: o que
devemos ensinar nas escolas?
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Tudo
isso se aprende com História e muito mais.
O
AHLE mantém inúmeros livros de
História da Educação usados nos antigos cursos de formação de professores: a
Escola Normal ou Curso de Magistério, entre duas centenas de livros indicados
para esse grau de ensino.
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