
Para começar sabemos que a escolarização feminina
não era prioritária e também que as poucas mulheres que estudavam
pertenciam as classes médias ou da elite do país. Várias pesquisas apontam esses dados.[1]
A maioria dos livros escolares ou de uso
escolar escritos por mulheres no período proposto e resguardados pelo ACERVO HISTÓRICO DO LIVRO ESCOLAR - AHLE são cartilhas e primeiras leituras, material
voltado as crianças e seus primeiros passos na escolarização. Assim poesias e
pequenas histórias compõem boa parte desses livros.
Listei autoras que compõem o AHLE até 1930. São poucas,
como já esperado. Ei-las:
Maria Guilhermina Andrade; Presciliana Duarte de
Almeida; Francisca Julia; Rita de Macedo Barreto; Eulália de Abreu Sampaio; Luiza
P C Branco; Adelina Lopes Vieira; Julia Lopes Almeida; Maria de Carvalho e Leonor de
Campos.
Essas informações reiteram a inclusão limitada das mulheres na educação escolar e também que a autoria de livros didáticos de outras áreas do conhecimento que não os voltados a alfabetização infantil, não fizeram parte do universo feminino.
Atualmente são vários os trabalhos e pesquisas que
tratam da questão de gênero e seus desdobramentos. O AHLE pode contribuir com material para tanto.
Fica aqui uma proposta.
[1] A mulher na História da Educação brasileira: entraves e avanços de uma
época. Ivanilde Alves Monteiro ivamonteiro@yahoo.com.br (UFPE) http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/seminario/
Nenhum comentário:
Postar um comentário