O ato de educar crianças esteve atrelado a várias concepções ao longo
do tempo, desde a disciplinar, a que enxergava na criança um pequeno adulto, até as mais modernas noções de educação. Foi com a psicologia que a educação
tornou-se foco de atenção de forma mais orgânica, na medida em que se propagaram
métodos e manuais concebidos por várias áreas do conhecimento, desde a
pedagogia, a pediatria, a psicologia, a psiquiatria etc. E assim a educação tanto escolar, quanto familiar, assistindo a criança como um todo. E aí aparece a puericultura, palavra de origem latina (puer,i), que defini-se como um conjunto de técnicas
empregadas para assegurar o perfeito desenvolvimento físico, metal e moral da
criança, desde a gestação.
Foi matéria de ensino nas antigas Escolas Normais
ou de Magistério e atualmente não compõe o currículo dos cursos mais
consagrados de Pedagogia, por não corresponder ao que se concebe hoje como educação das crianças e jovens.
A origem da puericultura é francesa, no fim do
século XVIII e no Brasil se desenvolve nos anos de 1920, primeiramente associada
à higiene, aos cuidados com o corpo, ao acompanhar os novos conceitos da
medicina e também pelos impactos da urbanização.
O Acervo Histórico do Livro Escolar – AHLE resguarda
centenas de livros das antigas Escolas Normais e, muitos de
Puericultura. Entre esses, uma curiosa enciclopédia ilustrada editada nos EUA
nos anos de 1950, em três volumes e publicada no Brasil nos anos 60. É a que ilustra esse pequeno artigo.
Uma boa fonte de pesquisa para quem se envolve com a História do educar.
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