O ACERVO HISTÓRICO DO LIVRO ESCOLAR -AHLE mantém mais de uma centena de livros paradidáticos e de uso escolar vindos de Portugal, da década de 1920 até os anos de 1970.
Provavelmente a facilidade da língua e a proximidade cultural foram fatores para a presença desses livros no acervo da Biblioteca Monteiro Lobato, origem da maioria dos livros que compõem o AHLE. Além do mais até a década de 1970 a tradução e a importação de livros preenchia uma lacuna pela falta de livros editados aqui. Como livro de leitura apresento "Apologos", de Coelho Neto. Coelho Neto foi co-autor, junto a Olavo Bilac de livros escolares, como o livro de Educação Moral e Cívica, "Contos Pátrios", da década de 1920.
Provavelmente a facilidade da língua e a proximidade cultural foram fatores para a presença desses livros no acervo da Biblioteca Monteiro Lobato, origem da maioria dos livros que compõem o AHLE. Além do mais até a década de 1970 a tradução e a importação de livros preenchia uma lacuna pela falta de livros editados aqui. Como livro de leitura apresento "Apologos", de Coelho Neto. Coelho Neto foi co-autor, junto a Olavo Bilac de livros escolares, como o livro de Educação Moral e Cívica, "Contos Pátrios", da década de 1920.
Boa parte dos livros portugueses mencionados é de referência, como enciclopédias; livros paradidáticos; alguns de formação de professores; outros de educação de adultos da década de 1950 e a maioria, livros de leitura. Entre outras, as editoras representadas são a Verbo, a Didactica e a Livraria Chardron.
(2)
Destaco, ao lado, parte de uma coleção: seis livros da “Coleção Educativa” do Plano de Educação Popular, voltado para a Campanha Nacional de Educação de Adultos. São livros da década de 1950 e muitos trazem uma subscrição ou referência à Salazar, ditador de Portugal entre 1932 e 1968.
(3)Muitos livros paradidáticos portugueses foram adquiridos nos anos de 1940 e 1950 e pelo ficha de circulação, bem procurados. Como exemplo, a "Encyclopedia pela Imagem" da Liv. Chardron ou a Coleção "Ver e Saber", dos anos de 1960 da Editora Verbo.
Esses livros mostram a necessidade que havia de importamos edições para a complementação escolar e nos faz pensar que o AHLE em seu conjunto ultrapassa a pesquisa pontual no acervo, pois traz muitas informações sobre produção editorial, políticas públicas para a aquisição de livros etc.
Neste mês de agosto, nos dias 22 a 25, a Universidade Federal do Maranhão abrigará o VIII Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação. Nele inscrevi o texto: “Livros escolares no Estado Novo: primeiras aproximações a partir do Acervo Histórico do Livro Escolar”, que apresentarei nas sessões de comunicação. O texto trata da produção didática no período proposto e a interferência direta do Estado, como também aproveita o tema para divulgar o AHLE como fonte de pesquisa.
(1) NETTO, Coelho. Apologos. Porto, Livraria Chardron, 1924.
(2) LEAL, Olavo D. História de Portugal para meninos preguiçosos. Porto, Liv. Tavares Martins, 1943.
(3) VALENTE, Margarida P. B. Virtudes que vem de longe. Coleção Educativa, Campanha Nacional de Educação de Adultos, Lisboa, Ramos, Afonso & Moita, Ltda., s/data.
Nenhum comentário:
Postar um comentário