Manuais de boas maneiras, regras de compostura e de decoro. Esse gênero de literatura da civilidade, antigo instrumento do “bem viver”, se disseminou entre os séculos 18 e 19, com a crescente complexidade das relações em sociedade. O processo de industrialização, a decorrente urbanização e o desenvolvimento das ciências trouxeram novos hábitos e novas demandas no conviver social.
Um dos mais conhecidos livros sobre civilidade voltado às crianças e referência para tantos outros que o sucederam foi De civilitate morum puerilium. Traduzido do francês como A civilidade pueril, este livro escrito por Erasmo,[1] em 1530, trata do vestir, das refeições, do dormir etc.,[2]
Os livros de civilidade são considerados literatura pedagógica ou ainda livros escolares, porque foram usados nas escolas como livros de leitura.
Um dos mais conhecidos livros sobre civilidade voltado às crianças e referência para tantos outros que o sucederam foi De civilitate morum puerilium. Traduzido do francês como A civilidade pueril, este livro escrito por Erasmo,[1] em 1530, trata do vestir, das refeições, do dormir etc.,[2]
Os livros de civilidade são considerados literatura pedagógica ou ainda livros escolares, porque foram usados nas escolas como livros de leitura.
Entre nós, durante o Império, circularam livros de civilidade, influência da cultura francesa.[3] Esses livros, no fim do século 19 compuseram o projeto civilizatório da República e alguns fizeram parte das aulas sobre civismo ou sobre comportamento em colégios religiosos.
O ACERVO HISTÓRICO DO LIVRO ESCOLAR - AHLE mantém alguns livros de comportamento, de educação para o lar, de boa maneiras etc., classificados como paradidáticos.
Destaco alguns livros de civilidade voltados às crianças:
O ACERVO HISTÓRICO DO LIVRO ESCOLAR - AHLE mantém alguns livros de comportamento, de educação para o lar, de boa maneiras etc., classificados como paradidáticos.
Destaco alguns livros de civilidade voltados às crianças:
Polidez Infantil.[4] Livro da “boa educação”, da “distinção das maneiras”, que segundo o autor é o que “nos torna dignos de ocupar nosso lugar na sociedade”.
ABC de Boas Maneiras.[5] –20 lições de boas maneiras para as crianças, com vários exemplos. Na página 83, lê-se: (para os meninos) “Não ponha as mãos nos bolsos das calças. Quando não souber o que fazer com as mãos, cruze-as às costas, como sempre faz o príncipe Carlos da Inglaterra”.
Compêndio de civilidade para uso das famílias e colégios.[6] Os autores são os editores, de acordo o prefácio. Esse livro tem conotação religiosa mas trata também das boas maneira e preceitos de comportamento para as crianças na sua vida social, como “sobre o procedimento à mesa” ou “procedimento na sala de estudo”. O AHLE tem vários livros sobre o tema voltados principalmente às mães, às mulheres e às crianças. Esses últimos na forma de livros de leitura
Uma referência sobre o processo civilizatório é a obra do sociólogo alemão Norbert Elias.[7]
Notas:
[1] Erasmo de Roterdã (1469-1536) tem várias obras sobre Educação.
[2] ERASMO. A civilidade Pueril. Lisboa, Estampa, 1978.
[3] Verificar: SENA, Fabiana. A tradição da civilidade nos livros de leitura no Império e na Primeira República. Tese de doutorado, UFPB, 2008.
[4] YANTOK, Max. Coleção Saber é Poder. Rio de Janeiro, editora J. R. de Oliveira & C. , sem data.
[5] Conselhos do Tio Marcelo, SP, Cia Ed. Nacional, 1962. Tio Marcelo é pseudônimo de Marcelino de Carvalho, conhecido autor paulistano de livros de etiqueta dos anos de 1960.
[6] São Paulo, Livraria editora Salesiana Ltda, 1962, na 16ª edição.
[1] Erasmo de Roterdã (1469-1536) tem várias obras sobre Educação.
[2] ERASMO. A civilidade Pueril. Lisboa, Estampa, 1978.
[3] Verificar: SENA, Fabiana. A tradição da civilidade nos livros de leitura no Império e na Primeira República. Tese de doutorado, UFPB, 2008.
[4] YANTOK, Max. Coleção Saber é Poder. Rio de Janeiro, editora J. R. de Oliveira & C. , sem data.
[5] Conselhos do Tio Marcelo, SP, Cia Ed. Nacional, 1962. Tio Marcelo é pseudônimo de Marcelino de Carvalho, conhecido autor paulistano de livros de etiqueta dos anos de 1960.
[6] São Paulo, Livraria editora Salesiana Ltda, 1962, na 16ª edição.
[7] Norbert Elias (1897-1990) publicou em 1936 "O processo Civilizador", obra notável que trata da civilização dos costumes.
Que tesouro tem o Acervo Histórico do Livro Escolar-AHLE.
ResponderExcluir“Não ponha as mãos nos bolsos das calças. Quando não souber o que fazer com as mãos, cruze-as às costas, como sempre faz o príncipe Carlos da Inglaterra”.(ABC de Boas Maneiras,p.83)
O AHLE tem material para inúmeros TCCs, com riqueza de detalhes como essa citação que faz com que os meninos desejassem ser como um príncipe e seguissem o conselho.
Parabéns pelo trabalho.
Olá, tenho um livro de alfabetização de meu avô, acho que deve ser de um ano entre 1980 a 1900. Preciso de informações para saber como converva-lo, e também onde poderia vendê-lo. Obrigada,
ResponderExcluirRita
Eu queria comprar este livro; COMPÊNDIO DE CIVILIDADE. Onde eu consigo por gentileza.? Muito grata Ana Maria Teixeira de Souza .
ResponderExcluirOla Ana, talvez em sebo, a depender da época de edição do livro. Os acervos para pesquisa não comercializam os livros
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