Com uma apresentação de Lourenço Filho que faz um rápido histórico da pesquisa numérica no país, o livro O que dizem os números sobre o curso primário de M. A. Teixeira de Freitas, publicado em 1937 trata de dados numéricos sobre o ensino primário nos anos de 1932 e alguns de 1934.
SP. Melhoramentos, 1937. |
Segundo Freitas, o ensino no país contando as escolas federais; as estaduais; as municipais e particulares em 1932 tinha a seguinte feição: 29.948 unidades escolares; 76.025 docentes; 2.274.213 alunos matriculados.
Qual foi a fonte utilizada? Um censo realizado pela iniciativa da Associação Brasileira de Educação, em 1931, em pleitear um plano sistematizado para o levantamento estatístico educacional do país.
Como eram feitas as estatísticas? Nesse primeiro momento, as escolas enviavam os dados à municipalidade, que os remetia a um órgão central; a sistematização era precária; a dimensão do país e o número de pessoas envolvidas também facilitavam desacertos.
As dificuldades nas informações e os primeiros métodos de coleta de dados sobre instrução compõem o artigo de Gil (2009) (2)
Qual a função da estatística escolar? O número, a quantificação por si só não desvenda a realidade, mas sem dúvida exprime aspectos dessa realidade e pode ser um ponto de partida para análises e reflexões sobre determinada situação.
O ACERVO HISTÓRICO DO LIVRO ESCOLAR - AHLE adquiriu recentemente o livro em questão, tem outro sobre o Ensino Médio, de 1969 e livros de História da Educação, alguns com dados numéricos.
Notas
(1) Origem do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, criado em 1938.
(2) GIL,Natália de L. “A produção dos números escolares (1871-1931): contribuições para uma abordagem crítica das fontes estatísticas em História da Educação” Revista Brasileira de Historia, V.29, nº 58. 2009.
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