Acervo Histórico do Livro Escolar - AHLE

O ACERVO HISTÓRICO DO LIVRO ESCOLAR é formado pelo conjunto de livros escolares das antigas bibliotecas públicas infantis da cidade de São Paulo.

Com 5 mil volumes, o Acervo é composto por cartilhas, manuais escolares de todas as matérias de ensino, antologias literárias e livros de referência de uso escolar, entre outros, do século XIX até a década de 1980 e abrange os cursos primários, os secundários, os de formação de professor e o ensino técnico.
O Acervo está localizado na Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato, equipamento da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

Neste blog serão publicadas informações sobre esse acervo.


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terça-feira, 14 de maio de 2013

O que dizem os números?





SP. Melhoramentos, 1937.
Com uma apresentação de Lourenço Filho que faz um rápido histórico da pesquisa numérica no país, o livro O que dizem os números sobre o curso primário de M. A. Teixeira de Freitas, publicado em 1937 trata de dados numéricos sobre o ensino primário nos anos de 1932 e alguns de 1934.

Segundo Freitas, o ensino no país contando as escolas federais; as estaduais; as municipais e particulares em 1932 tinha a seguinte feição: 29.948 unidades escolares; 76.025 docentes; 2.274.213 alunos matriculados.

Qual foi a fonte utilizada? Um censo realizado pela iniciativa da Associação Brasileira de Educação, em 1931, em pleitear um plano sistematizado para o levantamento estatístico educacional do país.


Em rápido histórico data de 1871, no governo imperial, a criação da Diretoria Geral de Estatística – DGE (1) para os censos gerais do país.

Mudanças em 1907 incorporaram uma seção responsável pela coleta de dados sobre instrução. Essa seção ficou a cargo de Oziel Bordeaux Rêgo (1874-1926) que organizou a primeira publicação sobre estatística escolar.


Como eram feitas as estatísticas? Nesse primeiro momento, as escolas enviavam os dados à municipalidade, que os remetia a um órgão central; a sistematização era precária; a dimensão do país e o número de pessoas envolvidas também facilitavam desacertos.

As dificuldades nas informações e os primeiros métodos de coleta de dados sobre instrução compõem o artigo de Gil (2009) (2)

Qual a função da estatística escolar? O número, a quantificação por si só não desvenda a realidade, mas sem dúvida exprime aspectos dessa realidade e pode ser um ponto de partida para análises e reflexões sobre determinada situação.


O ACERVO HISTÓRICO DO LIVRO ESCOLAR - AHLE adquiriu recentemente o livro em questão, tem outro  sobre o Ensino Médio, de 1969 e livros de História da Educação, alguns com dados numéricos.




Notas

(1) Origem do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, criado em 1938.


(2) GIL,Natália de L. “A produção dos números escolares (1871-1931): contribuições para uma abordagem crítica das fontes estatísticas em História da Educação” Revista Brasileira de Historia, V.29, nº 58. 2009.