Livros de primeiras leituras e as
cartilhas, além de mostrarem como eram os métodos para alfabetizar crianças ou
quais os primeiros textos escolhidos para os pequenos, provocam certa
nostalgia.
Dentre os livros que nos acompanharam na vida
escolar, são esses os que trazem lembranças de bons momentos, quase sempre
afetivas e muitas vezes impregnadas por uma visão anacrônica, tal qual, “no meu tempo era melhor”.
Pois para provocar um pouco este passado, quem sabe
idealizado por parecer-nos mais simples, ingênuo, até, é que vamos divulgar
neste espaço esses primeiros livros que o ACERVO
HISTÓRICO DO LIVRO ESCOLAR - AHLE preserva.
Tem uma citação que achei adequada ao
trabalho que desenvolvo aqui: “Num mundo que caminha resolutamente para
tornar-se uma vasta pedreira, o colecionador passa a ser aquele indivíduo
empenhado num trabalho devoto de resgate.”[1]
(SONTAG: 75).
Pois é esta a função de um Acervo como o AHLE, resguardar e disponibilizar
livros antigos que recuperam histórias tanto individuais, quanto coletivas, histórias de
gerações e que trazem aspectos sócios culturais de determinado contexto.
Uma cartilha de 1941, editada em Porto Alegre e uma
Antologia Escolar de poemas para a infância de 1971, ilustram esta página.
A cartilha começa com formas simples de maiúsculas impressas e por fim, minúsculas, como o exemplo da ilustração. Segundo a autora o método é o "prático", mas pelas lições percebe-se que grosso modo o método é o sintético, da parte para o todo, que inspirou várias formas de alfabetização.
Já a antologia escolar, de autoria de Henriquieta Lisboa, chama a atenção pelos poemas escolhidos, pois trata-se, como indica o título, de poemas para crianças. Autores como Federico García Lorca, Alphonsus de Guimarães, Fernando Pessoa e Gabriela Mistral, por exemplo, estão presentes, indicando a preocupação de levar para as crianças autores nem sempre fáceis, mas que em sala de aula podem ser desvendados com a ajuda do professor, personagem importante no processo de aprendizagem, apesar de alguns métodos de ensino atualmente questionarem esse papel.
Abraços
A cartilha começa com formas simples de maiúsculas impressas e por fim, minúsculas, como o exemplo da ilustração. Segundo a autora o método é o "prático", mas pelas lições percebe-se que grosso modo o método é o sintético, da parte para o todo, que inspirou várias formas de alfabetização.
Já a antologia escolar, de autoria de Henriquieta Lisboa, chama a atenção pelos poemas escolhidos, pois trata-se, como indica o título, de poemas para crianças. Autores como Federico García Lorca, Alphonsus de Guimarães, Fernando Pessoa e Gabriela Mistral, por exemplo, estão presentes, indicando a preocupação de levar para as crianças autores nem sempre fáceis, mas que em sala de aula podem ser desvendados com a ajuda do professor, personagem importante no processo de aprendizagem, apesar de alguns métodos de ensino atualmente questionarem esse papel.
Abraços
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