Heróis compõem muitas vezes histórias de ficção infantis e juvenis e o que lhes confere
esse atributo é se destacarem em algum acontecimento. Agora, fora da ficção,
heróis são personagens fabricados pela História em um determinado contexto e associados
a um passado glorioso.
Mártires,
salvadores, patriotas, heróis fazem parte de uma visão individualista,
personalista e muitas vezes fatalista, onde o processo histórico ou as
condições favoráveis a certos acontecimentos são deixadas de lado. Assim é um
feito, geralmente um protagonista, com sua vontade e destemor o sujeito responsável
por algum fato ou evento.
O
ensino de Historia esteve e muitas vezes ainda está permeado por uma
perspectiva positivista e tradicional que privilegiam ações individuais, a
cronologia dos fatos e a linearidade.
Uma
nova abordagem em História a partir dos anos 1960 e depois dos anos 1980, com o
fim da ditadura e da censura, expôs a dimensão coletiva das mudanças na trajetória
do país, os interesses envolvidos e o papel dos vários grupos sociais. Assim
uma interpretação mística e fatalista deixa de existir e dá lugar à crítica e à
reflexão.
Bibliografia
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