Qual é o futuro de um livro antigo? Em um texto
sobre livros infantis, Walter Benjamin relata o caso de um colecionador de
livros antigos que os salvou da máquina de triturar papéis. [1] Não só colecionadores, mas acervos criados para
resguardar livros e documentos, sejam temáticos, institucionais, públicos ou
privados também têm a função de salvá-los da destruição.
Além da trituração, livros antigos correm outros
riscos: a decomposição do material pelo manuseio, pelas condições inadequadas
de guarda e pelo tempo.

Tudo isso para relatar a recuperação do
livro mais antigo do Acervo Histórico do
Livro Escolar – AHLE. Trata-se de Os
Lusiadas, de Luis de Camões, para uso escolar, publicado em 1879,
por Abílio Cesar Borges (1858-1891).[2]
Pois esse livro agora adquiriu nova
feição. Foi reparado pela restauradora Marlene Laky, que gentilmente se
ofereceu para recuperá-lo da passagem do tempo, com o profissionalismo de quem
conhece, aprecia livros e respeita o que é relevante do aspecto histórico
documental.
Quero registrar nossos agradecimentos
por esse generoso trabalho.
[1] BENJAMIN, Walter (2002). Livros infantis velhos e esquecidos. In: Reflexões sobre a criança, o
brinquedo e a Educação. São Paulo, Duas Cidades e Editora 34.
[2] Editado em Bruxelas, pela Typographia e Lithographia E. Guyot, o livro em questão já foi tema deste BLOG em 26/06/2012.
[2] Editado em Bruxelas, pela Typographia e Lithographia E. Guyot, o livro em questão já foi tema deste BLOG em 26/06/2012.
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